[Era do pós-consumo. Mercadorização. Amor verdadeiro. Deus bondoso ateu e generoso]
O incômodo do fim ou da libertação da história, iniciado em 1989, gerando a fatídica década de 90 com a pós-história ou o pós-consumo, inventa um amor híbrido, semi lascivo, estético mas extremamente engajado a um nihilismo doloso inconceptual. Uma merda sequer dotada de cheiro, um nada perceptível com as contradições aporéticas até para os intelectuais.
A mercadorização de tudo transforma a cultura em imagem plásmica e o amor em exposição-parada, em que a reivindicação precisa ser feita como que se para legitimar o que seria natural.
O Amante verdadeiro desaparece, dorme um sono sequer masturbativo, politicamente correto numa poética da insurreição, jamais teorizada por Ranajit Guha ou seus 3 rivais.
Tentemos o Amor verdadeiro, delicado, precioso, mesmo que mortal e dolorosamente solitário, sartreano em sua existencialidade doída, ou por fim somente teorético.
Que Fukuyama esteja certo "hoje", numa pós-aplicação de sua visão para que o Amor renasça urgente, até 2010.
Que a vida mantenha suas imperfeições e artesanalidades defeituosas para a chance do amor não desapareça. Que um Deus (ateu e bondoso), meta-existencial nos dê o sonho da paixão e a plenitude do amor. Sorte para todos nós, mesmo os falsos pensadores que vivem tormentosamente. Jean Menezes de Aguair
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