O intelectual Cristovam Buarque de Holanda
Ninguém menos que o prof.
Emérito da USP, Dalmo de Abreu Dallari, para abrir o debate: “Pelo fim do Senado
Federal”. Perguntou "Senado pra quê?". Pois é, não é um qualquer, é Dalmo, e viva o argumento de autoridade máximo, inquestionável, oprimível historicamente ao seu contrário. Com o farisaísmo, só assim. Abaixo, recortes do manifesto elaborado pelo senador Cristovam Buarque de Holanda, à época da eleição do novo presidente do Senado (jan.2013). Tire suas conclusões lendo as palavras do próprio senador (algumas em maiúsculo).
“Uma nova
presidência e um novo rumo para o Senado
Principal
causa da perda de credibilidade do Senado é CONSEQUÊNCIA de nosso comportamento
e nossa INEFICIÊNCIA.
Tem acumulado
posicionamentos que desgastaram sua imagem perante o povo brasileiro,
especialmente pela FALTA DE TRANSPARÊNCIA, pela edição de atos secretos, pela
não punição exemplar de DESVIOS ÉTICOS e pela perda da capacidade de agir com
independência.
NOSSA
INOPERÂNCIA ao saber que temos 3.060 vetos presidenciais sem serem analisados
ao longo de quase duas décadas; e nossa RIDÍCULA TENTATIVA de organizar a
votação de todos estes vetos em uma tarde, como forma de passar por cima de
decisão do Supremo.
Mostramos UMA
CARA DE INEFICIÊNCIA POR DÉCADAS e de ridículo em uma tarde.
Passamos a
ideia de estarmos BRINCANDO COM A REPÚBLICA de uma maneira INCOMPETENTE E INCONSEQUENTE, tanto seja por decisão política dos líderes da Casa, seja por
ANÁLISES FRÁGEIS DE NOSSA CONSULTORIA JURÍDICA.
MAIS UMA VEZ
encerramos as atividades legislativas SEM votar o orçamento para o ano fiscal
que se inicia em 1º de janeiro. A POPULAÇÃO será
a principal prejudicada.
Depois de TRÊS ANOS de prazo dado pelo Supremo, NÃO CONSEGUIMOS definir o funcionamento do
Fundo de Participação dos Estados, jogando as finanças dos Estados em um ABISMO.
Mostramos FALTA
DE ZELO com o federalismo cooperativo inscrito na Carta Magna e penalizamos as
unidades federadas mais frágeis, contribuindo para permanência das enormes
desigualdades territoriais.
Nos mesmos
dias ainda passamos pelo RIDÍCULO, INOPERÂNCIA E SUSPEITAS ao terminamos
vergonhosamente a CPI do Cachoeira.
Cabe lembrar o
constrangimento de que a Administração do Senado passou anos cometendo o
equívoco de não descontar Imposto de Renda de parte do salário dos senadores e,
ao ser surpreendida pela Receita Federal, decidiu pagar COM recursos PÚBLICOS,
o que era dívida pessoal de cada senador, embora provocada por ERRO da
Administração da Casa.
Nossos
plenários vazios, nossos DISCURSOS APENAS PARA A TELEVISÃO, a falta de debates
de ideias e de propostas.
Uma reforma no
funcionamento da Consultoria JURÍDICA, para dar-lhe mais competência e mais
independência, de maneira a impedir os ERROS recentes seja por DESCONHECIMENTO
DAS LEIS.”
Aprendemos duas coisas sobre o Senado, a1) Na escola, que o mesmo faz parte do Poder Legislativo, a2) No Ensino Superior, que o mesmo tem o Poder de fiscalizar, votar, representar municípios e garantir o respeito a Constituição para o povo brasileiro. Depois destes aprendizados concluímos apenas que o mesmo é inútil e apenas um burocrático procrastinador.
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