quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Natal de 2011


[Matéria já na Redação do Jornal O DIA SP]

                Uma das ideias recorrentes em época de Natal é um balanço de o que houve no ano. Isso envolve muitos acontecimentos. A riqueza de um ano inteiro para cada um é quase que infinita, se ao ano forem dadas as leituras e desdobramentos de tudo que aconteceu para cada um.

                A internet merece muitos agradecimentos por parte desta sociedade ingrata e que não cultua a gentileza. Com a internet muitas relações em redes sociais são feitas, e reduzidas as carências. Grande parte de toda essa carência é não se trabalhar com uma gentileza verdadeira, viva e comissiva. Aí, neste conceito, entram os agradecimentos fortes e compenetrados, olho no olho. Entram também as homenagens e reconhecimentos desprendidos, emocionais e sensíveis. Mas também entram o dar a certeza ao outro de que jamais será feita uma interpretação traiçoeira, preconceituosa, discriminatória e ligada à fofoca maldosa.

Essa gentileza carinhosa, que não se confunde em nada com futilidade é uma grande geradora de gentileza no caminho inverso, ou seja, na própria direção de cada um. Assim já ensinava o Profeta Gentileza, famoso nas ruas do Rio de Janeiro por seu slogan: gentileza gera gentileza.

Os níveis de desigualdade social no Brasil foram reduzidos, ninguém discute. Tecnocratas implicantes e cartesianos continuam bobos reclamando de filigranas econômicas, mas o que se vê é o povo humilde comendo melhor e podendo comprar suas bugigangas. Isso é um grande ganho para todos. Dilma não derrapou para a corrupção, não confirmou as leituras dos pessimistas e tem se comportado regularmente.

A impressão é que o Brasil não é mais o país do futuro, já está fazendo acontecer em muitos setores no presente. Entretanto, alguns déficits sociais estranhos ainda incomodam. Um consumismo exagerado da classe média – nem o ter, mas a vontade de ter – passou a gerar um egoísmo  antropofágico. Uma crise ética grave em que o valor máximo passa a ser “primeiro eu”, gerando milhares de acidentes no trânsito e dificuldade nas famílias e amizades. Mentiras na educação infantil que resolveu não mais educar, mas apenas “brincar de educar”, comprometem gerações futuras.

Alguns setores descobriram descerimoniosamente o lucro. A educação “superior” e o serviço público que deveriam ser guiados por éticas fortes, desandaram. O chamado “mundo corporativo” se tornou hábil em iludir por meio da publicidade.

                A corrupção se popularizou no mundo oficial das “autoridades”, conceito que perde legitimidade a cada dia. Há o que comemorar e há com o que se preocupar. Essa síntese simplista jamais deixará de ser correta, os polos sempre existirão. Apenas o “estilo” do analista, mais crédulo ou mais crítico dará o tom de seu caminho teórico.

                Como o brasileiro já se acostumou, há décadas, a assistir desmandos e mentiras por parte do Estado, o que há de novo, que são as conquistas, merece ser efetivamente comemorado. Assim, há o que se festejar, apensar das dezenas de ministros demitidos nos próximos anos, a se manter o ritmo correto. Mas a mesa de Natal das famílias brasileiras deverão estar melhor. Isso é muito positivo.

                Outra coisa importante e positiva em todo esse contexto é que a sociedade está a cada década mais “acordada” e mais atenta. 2011 ficou marcado ‘nas ruas’ pelas passeatas e movimentos brasileiros de protesto, um belo traço social que sempre foi mais forte no primeiro mundo.  O sentimento de orgulho que finalmente o brasileiro veio a conhecer em relação ao país apareceu e começa a dar frutos.

                Talvez uma coisa esteja em baixa nessa sociedade: o amor. O amor com sua singeleza, complexidade, amizade, carinho, romantismo está fora de moda. Uma sociedade que se arroga ao direito de menosprezar o amor não é nada confiável. Aí, as diferenças entre o urbano e sua degeneração, o urbanoide, e o rural com sua degeneração o sertanejoide parecem ser bem nítidas.

                A falta de amor entre amigos, companheiros de trabalho e mesmo entre amantes está crônica. Tudo isso considerado, só me resta pessoalmente, como faço nos últimos 7 anos aqui no Jornal em todo Natal, desejar saúde e sucesso para todos, indistintamente. A título de exemplo, nomino alguns.

                A lista de 2011: ABNT, FGV, SBPC & Cecore-OAB-SP; Abet; Alice, Marcia & Persio Arida; Alinne, antropóloga; Alessandro Cristo; Ana Amélia Silva; CB -Alexandre Jacob, Dri Rocha, Claudia, Dantas, Glória, Barbara e Débora, Josi, Ludgero, Herbert, Roni - Ronitcha, Renata, Côgo, Eduardo, Ricardo, Rodrigo & Luciano;  Claudia Almada Macedo; Claudio, Lucas, Marcelo & Lígia;  Cris Pisa; Érica & Mônica Arakaki; Daniel & Edson Castelan; Daniela Aniceto; Diana Nacur; David, Helena, Paulo, Dione & Jandira; Dudu, Romero, Leo, Roda, Victor, Rosely, Rodrigo, Ronaldo & Lagares; Eliete Ceron; Elza, Frances, Darcy, Enio & Sônia do 600;  Eugenio, Celeste & Claudia (meus); Fernando Mussel, Mundial & Luizeto; Henrique Higido & Saulo Souza; Hélio Bicudo; Jorge, James, Míria, Claudio, Carlos, Lílian & Ana; Jarbas, Rafael, Pedro & Pedro Paulo Bramont; Jassa, Ivanaldo, Paulinha & Nina; John Neschling; Lyse; Mônica; Márlia; Roberto & Renata; Maria Antonieta & Rita; Mônica japa; Nasruas, Carla &, Nany; Natacha, Nátalie, Luciano & Jéssica; Ni, Ne, Ma, Flo, San & MaFe; O DIA SP & Karen Rodrigues; Othon guitarra, Fernando baixo, Claiton piano, Claudia violoncelo, Jane Baeta voz, Cauby, Eliana Pittman, Marcio Lelis voz, Monika Mendonça, Toninho guitarra; Fred baixo & Ronaldo Wilcox percussão; Paulo, Luciana, Cristiane & Waine; Rafael Gomes; Advogados, Jornalistas, Músicos, Professores da FGV e da Castelo Branco; Roberta (minha), Celia, Laerte, João, Fabiana, Leopoldo, Serra da Mesa & Araguaia; Luiz Nazareth; Rita & João; Sergio Manoel; Sheila & Michelle Jonssen; Tania, Ricardo & Otto; Valdecir, Ricardo Bins, Murilo, Rafael, Risoleta, Patrícia, Lylian, Alaciones, Beto & David,  1ª Turma de Direito da Castelo Branco; Vera Schneider;  VicGeoBar & Leo; Turma do Orkut & Facebook. Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

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