Há quem goste de dar presentes e há quem goste que lhe peçam para dar presente, e até dá com satisfação. São personalidades diferentes. Quem gosta de dar, gosta de causar surpresa e ver a cara de quem está recebendo. Quem gosta que lhe peçam, se sente importantizado de alguma forma, querido, e sai correndo para comprar o presente, às vezes cheio de alegria no coração. Pode-se “escolher” uma das duas personalidades. Claro que só se pede o presente para quem tem liberdade, por exemplo, uma relação de pai e filho. Quando o pai é assim, o filho em geral pode até não saber que poderia pedir um presente “caro”, porque o pai tenderia a dar, mesmo se esforçando para a tarefa. Antes que se preconceitue a função ou ideia do presente caro, o caro sempre será relativo e dentro da relatividade ele pode ser aceitável ou absurdo. Mas o pai que gosta que lhe peçam o presente e o filho lhe pede mesmo, parece haver uma simbiose interessante, uma combinação de amor no sentido de o pai atender a um desejo específico do filho. Por outro lado, há a pessoa que dá espontaneamente o presente, esta se delicia com a expressão de surpresa de quem recebeu. É eticamente recomendável que se faça sempre uma festa – verdadeira, que fique bem claro – quando se recebe um presente, não pelo que ele é em si, mas pelo carinho de quem deu. Isso pode ser algo material ou imaterial, como uma flor que é dada a uma mulher amada apenas pela imaginação. A flor pode não existir, o ato da compra também não, e nem a entrega física, mas se ela souber que alguém lhe deu uma flor pela imaginação poderá se sentir totalmente presenteada. Esta imaginação se chama carinho. Às vezes se chama amor. Jean Menezes de Aguiar.
Jean Menezes de Aguiar. Blogo, logo existo, ou devo existir. Os artigos semanais dos jornais virão pra cá, mais alguns resmungos ou amorosidades.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Dar presente ou pedir presente?
Há quem goste de dar presentes e há quem goste que lhe peçam para dar presente, e até dá com satisfação. São personalidades diferentes. Quem gosta de dar, gosta de causar surpresa e ver a cara de quem está recebendo. Quem gosta que lhe peçam, se sente importantizado de alguma forma, querido, e sai correndo para comprar o presente, às vezes cheio de alegria no coração. Pode-se “escolher” uma das duas personalidades. Claro que só se pede o presente para quem tem liberdade, por exemplo, uma relação de pai e filho. Quando o pai é assim, o filho em geral pode até não saber que poderia pedir um presente “caro”, porque o pai tenderia a dar, mesmo se esforçando para a tarefa. Antes que se preconceitue a função ou ideia do presente caro, o caro sempre será relativo e dentro da relatividade ele pode ser aceitável ou absurdo. Mas o pai que gosta que lhe peçam o presente e o filho lhe pede mesmo, parece haver uma simbiose interessante, uma combinação de amor no sentido de o pai atender a um desejo específico do filho. Por outro lado, há a pessoa que dá espontaneamente o presente, esta se delicia com a expressão de surpresa de quem recebeu. É eticamente recomendável que se faça sempre uma festa – verdadeira, que fique bem claro – quando se recebe um presente, não pelo que ele é em si, mas pelo carinho de quem deu. Isso pode ser algo material ou imaterial, como uma flor que é dada a uma mulher amada apenas pela imaginação. A flor pode não existir, o ato da compra também não, e nem a entrega física, mas se ela souber que alguém lhe deu uma flor pela imaginação poderá se sentir totalmente presenteada. Esta imaginação se chama carinho. Às vezes se chama amor. Jean Menezes de Aguiar.
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Eu não sabia que, além de uma enciclopédia falante, um escritor competentíssimo, você era um exímio músico.
ResponderExcluirParabéns!
Lúcio, obrigado! Músico é a minha primeira profissão de tudo, desde garoto... o vídeo é uma gravação de uma amiga...abração!!!
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