O retrato de um intelectual, lindo, inquieto, odiado, poderoso e inesquecível.
Os amores de Darcy Ribeiro, o senador, o cientista do ano
pela SBPC e o grande homem amoroso, veja uma lista adjetivada por suas próprias
palavras.
Berta dilacerou-o, pois seu corpo esplêndido de
mulher escondia um homem, mesmo assim ele foi o único a que ela permitia amá-la.
A carioca, queimadíssima de sol, casada com um
rapaz mais jovem que ela gostava muito, mas essas razões e desrazões nunca
importaram ao mestre.
Fá com 22 anos, bela, graciosa e lindíssima, e o
mestre com 55, queria se casar com ele na Igreja da Glória; era muito
intelectual e estudiosa, o que era chato.
Crau, bela, lindíssima,com quem casou e viveu por
mais de 10 anos, foi a mulher que o mestre mais amou, cujo sogro era mais jovem
que ele, e ela era 33 anos mais jovem que Darcy, o menino que enlouquecia
tocando seus seios.
Lu, a paulistinha de joelhos belos que conversava
antropologia na cama.
A preta, belíssima, talvez a mulher mais bonita do
mundo.
Vã, a ítala que ama com o saber de uma romana.
Desidéria, a que amava inigualavelmente, de corpo
inteiro, não sabia beijar, aprendeu com o mestre, afrouxando bem as mandíbulas
e dizendo “bu, bu, bu” e passando o dedo no lábio inferior para umedecer a
boca; aprendeu também com ele a comer boca, a suprema forma de beijar.
Luciana, o grande amor carnal, quem o mestre
invocava o santo Deus dos gozos que fez Luciana para ele. Em seu fim, Darcy
disse que não tinha ciúme do Mister, que nunca soube dele (Darcy) e aí, em seu fim,
ficou com vontade de contar ao marido, para saber que ele tinha uma grande mulher, ele
não ambos, o dono oficial e Darcy, a mulher que ele se referiu como “nosso Sol
Luminoso”, dividindo-a gentilmente com seu marido.
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