quinta-feira, 29 de março de 2012

O jardim, o amor e a regadora

O ar, o ar junto, às vezes é mais amoroso que o próprio beijo, às vezes é ele que revela o amor.


"Vc aparece do nada como uma flor que já cheirei
Gostei tanto de aroma que voltei ao roseiral
Acabei me dando conta que era um milharal
Mas não é que dele brotou uma flor igual?!"


O amor é revel, vaidoso e inaconselhável. Nasce como quer, do ilógico ou do improvável. Apenas nasce, como a geração espontânea não existe, a não ser nele, amor do amável. O que ele não é, é piegas, desata nós de traições, deixa a sós corações, em meio a multidões. Cria uma conversa entre bocas que não tem que ver com a fala, mas com a linguagem: do sentir, do roçar; do querer, do molhar; do pedir, do morder; do não ir, do ficar.


"Havia um jardim em seu coração
Mas ele não sabia
Um dia apareceu uma regadora"

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