quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Não importa o que eu escrevo, mas o que eu calo.

Com o filósofo romeno Cioran, na obra Silogismos da amargura, aprendemos que o que importa num escritor não é o que ele escreveu, mas o que ele calou. Assim, românticos podem multiplicar minhas eventuais doçuras à melosidade e críticos podem acidular minhas eventuais farpas ao ódio e desprezo profundos. O mesmo Cioran ensina que para que aprofundemo-nos, basta ir-se-nos às próprias taras, assim, cada um tem essa potencialidade subjetiva em si. Mas repare-se que quem fizer a doçura ou a acidez com um texto meu, fá-lo-á por sua conta e risco, ainda que passe a merecer mais admiração e interesse do meu coração. Afetuosamente, Jean Menezes de Aguiar.

4 comentários:

  1. Meu tio sempre me diz: "não se preocupe com o barulho do trem, mas com o silêncio dos trilhos".

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  2. Seu tio é um pensador, cara... abração. Jean

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  3. Os seus escritos, desvaneios, loucura ou seja lá como for que chamam a tua inteligência , estaria encomodando alguém ou estão vestindo a carapuça ?
    Bom eh quando encomodamos, qdo isso deixa de acontecer a vida fica sem graça . Monótona e triste.

    Bjs do sol nascente

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  4. Japinha, é isso aí mesmo. Lembranças do país que cai um ministro por mês acusado de corrupção e safadeza e não dá em nada... Jean

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